
O avançado internacional colombiano de 25 anos, novo embaixador da marca de equipamentos desportivos Puma, abre o coração para falar das duas temporadas no FC Porto. Está muito grato aos dragões e pede aos adeptos azuis e brancos para compreenderem a ambição de mudar-se para a «melhor Liga do mundo».
Foi para Portugal para jogar no FC Porto. O Benfica também estava na corrida pela sua contratação. Porque escolheu o FC Porto?
- O FC Porto foi a equipa portuguesa de que sempre mais gostei e também a que se mostrou mais interessada em mim. Nunca tive contacto directo com o Benfica. Sei que falaram com as pessoas que nessa altura me representavam, mas nunca houve qualquer compromisso.
Agora, passados mais de dois anos, acha que tomou a decisão certa?
- Não tenho a menor dúvida. Já na altura estava convencido de que era a melhor opção e, agora, estou muito contente comigo próprio, pois acertei ao ter ido para o FC Porto. É um clube muito bem organizado, que me ajudou muito, e ao qual estou muito agradecido. Os resultados foram muito bons e sinto-me feliz por ter ajudado a equipa a ganhar cinco troféus o ano passado e a Taça de Portugal na temporada anterior.
O FC Porto também o ajudou a tornar-se conhecido na Europa.
- Claro que sim e também por isso estou muito grato a todos os portistas. Creio que houve entre as duas partes uma boa compreensão. Foi algo recíproco, que acabou por ter consequências muito positivas para mim e para o clube.
A que se deveu o seu sucesso em Portugal?
- Como disse, o FC Porto é um clube com uma grande organização, que me ajudou a crescer como futebolista. Ao fazer parte duma equipa séria e disciplinada só tive de fazer o meu jogo de sempre, consciente de que os bons resultados chegariam. Tinha a certeza do que queria. Trabalhei muito e, com a ajuda dos meus companheiros e o apoio da estrutura do clube, consegui triunfar.
O que o marcou mais na sua passagem por Portugal?
- A minha passagem por Portugal foi extremamente positiva, fui muito feliz, toda a gente se comportou de forma excelente comigo, dando-me provas da máxima amizade e, por isso, não posso dizer que tenha havido algo em particular que me tenha marcado. Estou muito agradecido. Sempre recordarei o FC Porto e os portugueses com o máximo carinho.
E quais foram os momentos mais felizes?
- A conquista dos troféus nacionais, a Liga Europa, o 5-0 ao Benfica, a volta olímpica no Estádio da Luz, os vários golos que marquei ao Benfica, não por estar obcecado pelo clube mas porque era o nosso grande rival.
Como surgiu a transferência para o Atlético de Madrid?
- Era uma possibilidade de que já falávamos há algum tempo. Surgiu-me como uma grande opção poder fazer parte do projecto dum clube sério e muito importante do futebol espanhol. Seduzia-me muito a hipótese de poder jogar numa das melhores Ligas mundiais, se não a melhor. Aqui estão os dois melhores jogadores do mundo [Messi e Cristiano Ronaldo] e isso era um desafio que sempre estive disposto a aceitar.
- Pode haver pessoas que se sintam atraiçoadas com a sua saída.
Atraiçoadas, porquê? O que fiz foi dar o máximo ao FC Porto no tempo que lá estive e, depois, cuidar da minha carreira. Qualquer futebolista hoje está aqui e amanhã pode estar noutro sítio. Até agora nunca vi um jogador assinar um contrato para toda a vida com um clube.
- Foi uma decisão difícil?
Não, porque sempre pensei que era o melhor para mim. Queria responder ao desafio pessoal de estar na Liga espanhola, num clube que é o terceiro mais importante do país e que tem um importante projecto de crescimento. Tudo isso me abre novos horizontes. Tinha de aproveitar a oportunidade.
- in "a bola"
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